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4 de março de 2012

Briga entre Rocaro e delegados pode ter dado “vida” aos inimigos

09:16h-Não se sabe até aonde pode ter colaborado, mais a briga jurídica travada entre o jornalista Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, conhecido profissionalmente como Paulo Rocaro com delegados da Polícia Civil de Ponta Porã e Amambai pode ter facilitado a “vida” dos seus inimigos na região de fronteira, e em conseqüência disso tudo, tal fato acabou de forma trágica principalmente para a família dele, pois resultou no seu assassinato que foi cometido por pistoleiros ainda desconhecidos, há cerca de 19 dias.


Pelo menos esta é a opinião de uma maioria de jornalistas e de amigos próximos de Paulo Rocaro. que foi executado com pelo menos nove tiros de pistola calibre nove milímetros na área central de Ponta Porã quando ele retornava para sua residência depois de participar de uma reunião política.

“O Paulo Rocaro tinha milhares de amigos aqui na fronteira, mais com certeza alguns inimigos. Embora não acredito que um destes delegados possa estar envolvido na morte dele, não é nada difícil um destes inimigos ter aproveitado o fato dele estar brigado na Justiça com eles para cometer o assassinato.

Com isso, os pistoleiros e até mesmo quem mandou matar o Paulo Rocaro colocaram em xeque a participação ou não da polícia no crime, daí entender ser necessária uma equipe de fora investigar o crime”, disse um dos amigos do jornalista assassinado acrescentando.

“Não é que não confiamos no delegado e na equipe que está investigando o caso. Entendemos que ele não tem força para levar avante esta investigação e com isso a morte do Paulo Rocaro vai assim como outras que ocorreram aqui na fronteira, cair também no arquivo morto”, concluiu o até então amigo do jornalista assassinado.

A maioria também é de opinião de que diante dos fatos, a Polícia Civil, por meio do delegado Odorico Ribeiro de Mendonça Mesquita que preside o IP (Inquérito Policial), não chegará aos assassinos e ao suposto ou supostos mandante ou mandantes da morte do jornalista.

Com relação a quanto anda as investigações, pelo menos até esta data a imprensa em um todo pouco teve acesso as informações, a não ser as triviais que seriam a de que o delegado iria ouvir familiares e amigos de Paulo Rocaro assim como a de que pediria a Justiça para que pudesse quebrar do sigilo telefônico do celular do jornalista.

Ainda com relação às opiniões dos jornalistas e amigos de Paulo Rocaro, todos acreditam que as investigações deveriam ser feitas pela Polícia Federal ou por uma equipe da Polícia Civil, inclusive um delegado especial da Capital do Estado, já que no entender deles, por ter o jornalista entrado em conflito com delegados da fronteira, estes poderiam levar o andamento do inquérito a passos de “tartaruga” e em conseqüência disso poderia favorecer os envolvidos no assassinato, no caso os pistoleiros e suposto mandante ou mandantes e assim como outros crimes com as mesmas características que ocorreram na fronteira, cairá no esquecimento.



A briga

Em uma das extensas matérias publicadas na fronteira no dia 18 de outubro do ano passado com o titulo “Policiais reagem a notícias contrárias aos seus interesses e querem ‘indenização da Imprensa”, na abertura dela consta que “Alvos de matérias e críticas de opinião pública por não desenvolverem suas funções da forma como a população espera, delegados e ex-delegados da Polícia Civil que atuam ou atuaram em municípios da região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai decidiram processar jornais, sites e profissionais da Imprensa por terem divulgado reclamações da sociedade. Em dois casos, ações foram movidas em Ponta Porã e de Amambai”.

Na matéria o jornalista cobra as autoridades policiais com o seguinte texto “Ao invés de corrigirem os supostos erros cometidos, eles preferiram ir à Justiça pedir indenização por ‘danos morais’. As iniciativas são consideradas estranhas pelos meios de comunicação, já que em todos os casos os nomes não foram divulgados e, além disso, eles próprios ou seus superiores foram ouvidos nas reportagens, dando-lhes o direito de defesa previsto em lei, mesmo não tendo sido identificados nas matérias”.

A matéria lembra também que “Entre 2005 e 2006, um artigo de opinião do escritor e jornalista Paulo Rocaro, editor-chefe do Jornal da Praça e do site Mercosul News, relatou a situação caótica em que se encontrava a Polícia Civil no município.

Um retrato fiel das péssimas condições da instituição na fronteira, que vinha prejudicando as ações dos investigadores e do próprio SIG (Serviço de Investigações Gerais). No entanto, a divulgação de transferências forçadas de agentes descontentes com a gestão na Delegacia Regional e cobranças de trabalho e providências das autoridades pela imprensa irritaram um pequeno grupo de delegados da cidade, responsável na época pela combalida segurança pública na região.

Os policiais entraram com pedido de explicações judiciais, que foi respondido pelo jornalista. As justificativas apresentadas satisfizeram quase todos, que encerraram o caso por ali”.



Os delegados



Com a publicação da reportagem seguiu-se uma investigação da Corregedoria Geral da Polícia Civil, cujos integrantes recorreram ao Jornal da Praça e aos sites locais para terem acesso a todas as matérias referentes ao caso.

Dias depois a direção geral da instituição promoveu o remanejamento de vários delegados da fronteira. A partir daí, a situação das delegacias começou a mudar e novos policiais assumiram.

Com o desfecho rigoroso que se seguiu à ação da Corregedoria, três delegados de Ponta Porã decidiram processar o jornalista, exigindo indenização por danos morais: o ex-delegado regional Sebastião Portes de Cerqueira, a então titular do 2º Distrito Policial, Sônia Maria de Andrade e a então titular da Delegacia de Atendimento à Mulher, Sônia Barbosa Figueiredo.

Após as investigações da Corregedoria, Sebastião Cerqueira foi transferido para Fátima do Sul e depois aposentado; Sônia de Andrade foi removida do 2º DP para a Delegacia da Mulher e Sônia Barbosa, apesar de residir em Campo Grande, segundo informações, para tratamento, foi mantida como adjunta na DAM de Ponta Porã.



Amambai

Na mesma matéria na época, consta que “além dos três delegados de Ponta Porã, um outro que está processando a Imprensa é Marcius Geraldo Cordeiro, que em maio deste ano foi denunciado por acadêmicos da cidade de Amambai que estudavam em Ponta Porã, por supostamente se recusar a registrar um boletim de ocorrência contra um escrivão de sua delegacia, pelos crimes de abuso de poder e por colocar em risco a vida dos alunos que viajavam diariamente em um dos três ônibus que fazem o transporte até Ponta Porã.

Na denúncia jornalística consta que “o policial também era acadêmico e viajava em companhia da esposa. Conforme os acadêmicos, naquele mês, durante o retorno a Amambai o policial teria atingido alguns dos colegas com um dispositivo de choques elétricos (‘maquininha’), causando revolta dentro do coletivo.

Irritado com os protestos, o policial teria sacado de sua arma e com a mão para fora da janela do coletivo teria disparado um tiro, aparentemente para amedrontar os colegas. O motorista do ônibus parou para saber o que estava acontecendo e os alunos pediram que o coletivo fosse parado no posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), na MS-386, onde fariam uma queixa formal.

O policial decidiu descer e teria seguido viagem de carona num carro. Ao chegar a Amambai, os acadêmicos se reuniram e decidiram registrar queixa contra o escrivão, através do responsável pelo transporte da Secretaria Municipal de Educação” e prossegue a reportagem acrescentando que “Segundo eles, além de outros fatos preocupantes, o policial costuma embarcar embriagado.

Os alunos foram à Delegacia de Polícia Civil, mas o delegado titular do órgão teria se recusado a registrar a ocorrência, sob alegação de que o acusado “é policial daqui e não vai dar nada”.

Indignados, os acadêmicos disseram que procuraram o Ministério Público Estadual. Dali o caso teria ido parar na Corregedoria da Polícia Civil. A reportagem do Jornal da Praça procurou o delegado regional de Ponta Porã, Claudineis Galinari, que inicialmente disse não ter conhecimento do caso. No dia seguinte, em novo questionamento, ele mostrou um documento datado do dia anterior, às 17 horas (s.e.), no qual determinava a apuração do abuso cometido pelo policial civil”.

Na reportagem consta que com o fato envolvendo o policial civil “O delegado de Amambai negou ao regional que tivesse se recusado a registrar o boletim de ocorrência para os acadêmicos. Apesar de não ter tido seu nome divulgado na época e de seu superior imediato ter apresentado versão oficial à Imprensa, Marcius Cordeiro entrou na Justiça contra os jornalistas que divulgaram a matéria – do Jornal da Praça e dos sites Aral Moreira News, Capitán Bado, Conesul News, Dourados News, Mercosul News e outros – exigindo o pagamento por danos morais”.

Com o fato consta que a “Diretoria Geral da Polícia Civil remanejou Marcius Cordeiro para a função de adjunto da delegacia de Amambai. Em seu lugar na titularidade assumiu Claudineis Galinari, ex-delegado regional de Ponta Porã. Os processos tramitam nas Comarcas de Ponta Porã e de Amambai”.



Ameaças

Numa outra matéria postada nos sites e também possível ter acesso a ela na integra através do Google, consta o titulo “Delegado agarra e ameaça jornalista em Ponta Porã” e que “Policial de Amambai também atacou profissionais da Imprensa da fronteira, dizendo que eles “se acham muita coisa, mas não são nada”

Nesta matéria consta que o “Delegado Marcius Cordeiro, de Amambai, denunciado por ameaça a jornalista após dar início a processo contra vários profissionais da Imprensa e veículos de comunicação de Ponta Porã, Dourados e Aral Moreira, por suposta calúnia e difamação” e acrescenta o jornalista que “O delegado Marcius Geraldo Santos Cordeiro, lotado como adjunto na Delegacia de Polícia Civil de Amambai, teve a ousadia de ameaçar um dos jornalistas que ele está acionando na justiça.

O suposto crime teria ocorrido por volta das 18 horas do dia 26 de outubro, dentro da Câmara Municipal de Ponta Porã, diante de testemunhas, tendo como vítima o jornalista e radialista Sebastião Néris do Prado, 46 anos, o ‘Tião Prado’, que além de manter um programa diário na rádio Cerro Corá FM, de Pedro Juan Caballero (Paraguai) e escrever para o site Conesul News, também é assessor de Imprensa do Poder Legislativo.

“Tião Prado” registrou queixa da ameaça no 1º Distrito Policial de Ponta Porã e no dia 26, Marcius Cordeiro havia saído de uma audiência no Fórum de Ponta Porã, quando esteve frente a frente com profissionais do Jornal da Praça e do site Mercosul News, que estão entre os “processados” pelo delegado. Ele se dirigiu à Câmara Municipal, onde estava tomando posse o novo delegado regional de Ponta Porã, Sandro Márcio Pereira.

“Tião Prado” na oportunidade contou que estava na Câmara Municipal trabalhando e naquele momento conversava com o promotor de Justiça aposentado Upiran Jorge Gonçalves da Silva, de Dourados, e com o colega de Imprensa Ednilson Ramão Vilhalba (Ed Moreno), quando surgiu o delegado Marcius Cordeiro, que interrompeu a conversa e agarrou o jornalista pelo braço, em tom de ameaça, dizendo que era o autor do processo também contra o jornalista e radialista da fronteira.

Estas matérias completas estão postadas nos sites da região de fronteira e na Grande Dourados assim como no Cone Sul e no capitanbado.com de Capitan Bado, no Paraguai, e os leitores podem ter acessos a ela através da ajuda do Google.


Jornal Agora MS

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